[N.do T.:] Apresentamos as digressões anteriores sobre a palavra grega "homousios" para ilustrar a que ponto chegou a vontade de se encontrar uma palavra para definir o mais exatamente possível "a única substância do Filho e do Pai".
O Grego, como língua já culturalmente impregnada de palavras filosóficas, se prestava a essas distinções sutis. Nessa palavra, por exemplo, um único jota (homoiusios) fazia a diferença entre a definição dada pelo Concílio e a definição ariana.
Da mesma forma, as palavras "genhtos/gennhtos" e "agenhtos/agennhtos" foram objeto de longas discussões no decorrer do Concílio e ainda após. Essas questões foram enfim definitivamente estabelecidas na versão do Credo do Concílio de Constantinopla, no ano de 381, passando o Credo a ser denominado Símbolo Niceno-Constantinopolitano*, que foi o que a Igreja adotou definitivamente. Assim, achamos irrelevante ao propósito deste trabalho apresentar as citadas digressões por demais amplas e complexas, envolvendo apenas distinções de palavras gregas.
O que vale observar quanto à palavra em discussão, "gerado", é que a Igreja estabeleceu com ela o dogma da geração do Filho de Deus, desde todo o sempre, pela qual o Pai lhe comunica substancialmente sua natureza, sendo o Filho consubstancial ao Pai. E anatemiza quem afirma que o Filho foi criado de algum modo no tempo.